5 de julho de 2011

Não estás deprimido, estás distraído...

- Não estás deprimido, estás distraído...
...distraído em relação à vida que te preenche,distraído em relação à vida que te rodeia,golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
- Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano,quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo.
Além de tudo, não é assim tão ruim viver só.
Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, é graças à solidão...conheço-me...O que é fundamental para viver.
- Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
- Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.
Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas...Livra-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamamos de problemas são apenas lições .
Não perdeste coisa alguma: Aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
-Não existe a morte...Apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas, Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô, Chico Xavier que acreditava que a pobreza está mais perto do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
- Faz apenas o que amas e serás feliz.
Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faça coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível, sem esforço.
Porque és movido pela força natural da vida, a mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;
a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
-Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: “Amarás o próximo como a ti mesmo”. Reconcilia-te consigo mesmo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possuía talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
- Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela Terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol brasileiro, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velásquez, Picasso,Tamayo, entre tantas belezas.
- E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas:
se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades tenho razão, tenho dúvidas...).
Se tu vences , serás mais humilde, mais agradecido...Portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
- Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia de teu filho.
Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda, converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas ou suicidas.
- O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso. Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói, há milhões de carícias que alimentam a vida. Vale a pena não é mesmo?
Se Deus tivesse uma geladeira, teria a tua foto pregada nela. Se Ele tivesse uma carteira, tua foto estaria nela. Ele te envia flores a cada primavera. Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cada vez que deseja falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Encara, amigo, Ele está louco por ti!
- Manda esta mensagem a cada “linda pessoa” que deseja abençoar.
- Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, porém Ele prometeu forças para cada dia, consolo para as lágrimas, e luz para o caminho!

1 de julho de 2011

Portas Abertas


Todos os caminhos levam a algum lugar. Todos eles têm um começo e, fatalmente, um fim.

Há aqueles que nos parecem tão longos e tão difíceis que ver o fim deles requer a fé que abre os olhos ao que está muito além de nós. O que não existe são os caminhos sem saída, eles possuem simplesmente saídas que tememos atravessar.

Quando achamos que um problema não tem solução, o que queremos dizer é que ele não possui uma solução aceitável, compatível com nosso querer. E é assim que nossos caminhos permanecem cada vez mais longos, mais sofridos.

Quando as saídas são abandonar um sonho, deixar algo para trás, reconhecer um erro ou uma má decisão, aceitar um outro modo de vida, nos deparamos com as barreiras que nos deixam nesse meio caminho do não saber o que fazer. São esses os dias mais longos das nossas vidas, os anos que não passam ou nos deixam a amarga sensação de estar a perder as alegrias cabíveis a cada um.

Não podemos nos agarrar a certas coisas como se nosso sopro dependesse delas. Sonhos morrem e outros nascem e dão continuidade à vida e é assim desde o princípio de tudo.

Para cada porta fechada há uma outra que pode se abrir, cada lágrima derramada um sorriso que está por vir.

 A fé abre novas perspectivas aos que querem enxergar. As portas abrem-se uma a uma para os que sabem deixar o passado pra trás e acreditam num novo e mais bonito amanhecer.


Nós, mulheres!

Mes Amies de Toujours





Não, não me cabe aqui revelar-nos. Mesmo por que, às vezes nem nós nos entendemos.
Choramos facilmente, rimos com o coração. Nem sempre quando dizemos "não" significa que estamos dizendo "não." Muitas vezes, quais crianças mimadas, só precisamos que insistam um pouquinho... 
Descobrimos que um sorriso pode produzir milagres... e uma lágrima também! Nada mais comovente que uma mulher que chora, um sorriso pode desarmar qualquer homem...
Damos à luz sob uma dor terrível e nos esquecemos imediatamente depois de termos nosso anjinho nos braços. 
Corajosas, frágeis e fortes, vamos à luta sem capacete e sem espada. Temos um coração ao lado do cérebro. Não temos músculos, temos garra.
Quando nos oferecemos um presente, não é porque temos a mania compulsiva de gastar, mas porque queremos nos consolar de alguma coisa que falta na nossa vida. Somos nossos próprios anjos protetores. Como mulheres, agimos como mães sempre, para os outros e para nós mesmas.
Não buscamos igualdade! Mesmo se nós pudermos exercer várias profissões, há emoções que correm como turbilhões dentro de nós que jamais poderão ser experimentadas pelo sexo oposto, há a dor e o prazer de oferecer a luz do dia a um anjo!... Não... jamais haverá igualdade! Cada um faz sua parte, cada um tem a sua importância, nem menor, nem maior, mas todos somos importantes.
Senhores!!! Não estamos mais à espera de príncipes encantados montados em cavalos brancos! Há muito entendemos que esses só existem nos contos de fadas. O que queremos é simplesmente sermos amadas. Nada mais, nada menos. Não nos preocupamos com músculos e caras, queremos simplesmente alguém que possa nos amar. Parece complicado e, portanto, é tão simples: só precisamos ser amadas! O resto a gente inventa depois!
Dentro de nós habita uma fadinha romântica que nem os desenganos, nem os casamentos e nem os anos poderão matar. Talvez seja essa uma das diferenças básicas entre um homem e uma mulher: o duende morre mais rápido, morre depois da conquista...
Nós, mulheres, seremos sempre... jovens, idosas, maduras, imaturas, belas, feias, dengosas, charmosas, mimadas, vaidosas ou não... apaixonadas ou à espera.. mas sempre, sempre, vai pulsar no nosso peito esse coração de mulher. Coração que ninguém entende... mas que sabe muitas vezes adivinhar a vida!

Coisas Esquecidas



Coisa boa é o tempo de namoro. Tempo quando sentimos que somos importantes. O outro preocupa-se, telefona, faz carinho, diz coisas ridiculamente lindas ao nosso ouvido, faz surpresas, dá a mão e beijos intermináveis.
Mas a longa convivência vai apagando aos poucos o essencial de um relacionamento. Acostuma-se tanto ao outro que certas coisas perdem o sentido.
Esquece-se do beijo na saída e na chegada. E... de antes de dormir.
Esquece-se do abraço bem apertado que diz tanto sem dizer nada.
Esquece-se de datas importantes e comuns aos dois.
Esquece-se de andar lado a lado.
Esquece-se do te amo, do estou feliz porque tenho você.
Esquece-se do poder de uma flor.
Esquece-se... do namoro!
Fala-se do passado como do bom tempo. Mas... passado!
E as pessoas surpreendem-se por viverem tão afastadas vivendo juntas. Um se deita mais cedo, o outro mais tarde; um se levanta, o outro fica. Fazem amor por obrigação.
Culpa de quem? Dois dois. Quando há um problema entre um casal a culpa é fatalmente dos dois lados. Uma coisa conduz a outra.
E muitos casais seguem assim. Juntos, apesar de tudo, cada um do seu lado sofre interiormente de solidão. Cada um sonha, secretamente, com emoções esquecidas, com grandes paixões. E ninguém pensa em reacender a brasa. Ninguém pensa em reconquistar o que se tem, justamente porque se tem. Mas há tanto que pode ser feito!
Lembre-se das coisas esquecidas! Lembre-se do início. O que foi mesmo que te conquistou no outro? Inversamente, pense no que foi em você que conquistou o outro coração. Reaviva a chama!
Nunca permita que o essencial morra por causa de trabalho, estresse, filhos e atividades extras.
É essencial estar juntos. Mas, mais que isso, amar juntos de amor inteiro.
É preciso cuidar do amor como se cuida de algo frágil. A pessoa amada não faz parte dos móveis da casa. Cuide dela e cuide-se. Antes que a vida a dois caia no esquecimento.
Não se esqueça de lembrar-se das coisas esquecidas! Amor não é só coisa para os jovens não. Paixão faz bem em qualquer idade. Carinho nunca é demais. Atenção cativa. Reaprenda a amar aquela pessoa que um dia fez bater seu coração mais forte.
Muitas coisas podem ficar esquecidas. Mas o amor, ele mesmo, nunca se esquece!

Feridas da alma


Feridas na alma são aquelas que doem mesmo quando não vemos mais o machucado; quando o que causou a ferida não está mais presente e, portanto, no silêncio da noite elas voltam e incomodam. Às vezes impedem o sono. E doem... dói o peito, doem os olhos, dói o coração...
São aquelas causadas na infância por abusos, desamor, indiferença, incompreensão. Ou causadas pela perda irreparável de alguém que era essencial na vida da gente. Ou pela mágoa causada por traições de pessoas nas quais depositávamos toda a nossa confiança.
Todos os anos possíveis gastos em terapia podem até amenizar o sentimento doloroso, mas não apagar. O tempo também não apaga. Mesmo se a memória procura mil facetas de "esquecer", há sempre aquele dia em em um fato ou qualquer outra coisa pode trazer tudo à tona. 
Infelizmente, as centenas de mensagens de auto-ajuda também não conseguem curar esse tipo de doença que consome a alma. Remédios são inúteis, quando não prejudiciais mesmo. 
E então? Estamos condenados a viver o resto das nossas vidas carregando essa "bola" acorrentada nos pés, como prisioneiros condenados?
Não necessariamente...
O primeiro grande passo é a vontade de se curar. Sem isso, nada feito. Ninguém pode fazer por nós o que não desejamos nós mesmos. Sabe-se que mesmo fisicamente uma pessoa não pode curar-se sem que haja uma íntima vontade e desejo de se estar curado. Não são os médicos que fazem milagres, eles fazem a parte deles. Mas o maior trabalho fica por conta da própria pessoa.
Depois... só há um meio de apagar essas cicatrizes que se abrem com freqüência: entregar, inteiramente, nossos males nas Mãos dAquele que "verdadeiramente tomou sobre si todas as nossas dores."
Ainda assim não é fácil, pois para entregarmos é necessário tirar uma parte da gente e se desligar dela. E o ser humano não está preparado para isso. Não que ele não queira, mas porque não é mesmo fácil.
É necessário uma enorme força de vontade e um amor profundo por si mesmo e por aqueles que nos amam e querem que estejamos bem. É necessário uma dose muito grande de perdão. É necessário tentar esquecer uma página do livro da própria vida, rasgá-la, queimá-la. E depois, é preciso a aprender a viver sem essa parte, viver uma vida nova e diferente. 
É realmente difícil... mas possível! E possível somente se a própria pessoa se dispõe a isso. É algo pessoal, muito pessoal... Pessoal, entre Deus e nós...

Perder a Viagem




Você pede ao patrão para sair mais cedo do trabalho, aí pega um ônibus lotado, vai para um consultório médico que fica no outro lado da cidade, gasta seus trocados, seu tempo e seu humor e, ao chegar, esbaforido e atrasado, descobre que sua hora, na verdade, está marcada para semana que vem. Sinto muito, você perdeu a viagem.
Todo mundo já passou por uma situação assim, de estar no lugar errado e na hora errada por pura distração. Acontecendo só de vez em quando, tudo bem, vai pra conta dos vacilos comuns a qualquer mortal. O problema é quando você se sente perdendo a viagem todos os dias. Todinhos. É o caso daqueles que ainda não entenderam o que estão fazendo aqui.
Estão perdendo a viagem aqueles que não se comprometem com nada: nem com um ofício, nem com um relacionamento, nem com as próprias opiniões. Estão sempre flanando, flutuando, pousando em sentimento nenhum, brigando por ideia nenhuma, jamais se responsabilizando pelo que fazem, pois nada fazem. Respirar já é para eles tarefa árdua e suficiente. E os dias passam, e eles passam, e nada fica registrado, nada que valha a pena lembrar.
Estão perdendo a viagem aqueles que, em vez de tratarem de viver, ficam patrulhando a existência alheia, decretando o que é certo e errado para os outros, não tolerando formas de vida que não sejam padronizadas, gastando suas bocas com fofocas, seus olhos com voyeurismo, sem dedicar o mesmo empenho e tempo para si mesmo.
Estão perdendo a viagem aqueles preguiçosos que levam semanas até dar um telefonema, que levam meses até concluir a leitura de um livro, que levam anos até decidir procurar um amigo. Pessoas que acham tudo cansativo, que acreditam que tudo pode esperar, que todos lhe perdoarão a ausência e o descaso.
Estão perdendo a viagem aqueles que não sabem de onde vieram nem tentam descobrir. Que não sabem para onde ir e nem tentam encontrar um caminho. Aqueles para quem a tele visão pode tranquilamente substituir as emoções.
Estão perdendo a viagem todos aqueles que se entregam de mão beijada às garras afiadas do tédio.

O Contrário Do Amor

  



O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.