13 de dezembro de 2010

TCHU TCHU TCHE BLENGOS*

Se tem uma coisa que me intriga é o fato de homens e mulheres possuírem formas tão diferentes de se expressarem. Mesmos Reino, Filo, Classe, Ordem, Família e Espécie. Apenas Gêneros diferentes e, ainda assim, pode perguntar para qualquer mulher se ela não já sentiu 'di cum força' que estava tentando falar com um ser de outro planeta. Se a base de qualquer relacionamento a longo prazo é a comunicação...fudeu?
Mais uma vez devo alertá-los de que este texto parte para generalização, sim, já que não há outra maneira de servir seu propósito se não abdicarmos da infinita individualidade de cada um (redundância pouca é bobagem).
Assim, posso afirmar que enquanto nós mulheres temos que fazer um discurso enoooorme, complexo e truncado para tentar passar uma única informação, eles depositam toda sua fé nas monossílabas.
Antigamente, eu achava que o problema era exclusivamente deles. Quem não fala muito é quem trava a conversa, não? Mas, com a maturidade, vemos que a coisa não é bem assim, né, girls?
As mulheres, venhamos e convenhamos, apesar de serem criaturas maravilhosas, maduras e conhecedoras da sua língua, perdem, facilmente, a linha do bom senso e acabam incluindo em um discurso que era para ser direto e conciso, baboseiras fora de contexto, que os deixam mais confusos do que normalmente são.
Eu jamaaaaais teria admitido isso se não fosse meu dito cujo. Ele é um monossilábico de carteirinha e só falta ter um colapso quando a idéia de 'bater uma D.R' aparece (vai por mim que não é exagero, eu já fiz questionário de múltipla escolha para conseguir rolar uma DR. E, olha, funcionou super bem!), PORÉM, ele conseguiu me mostrar numa dessas D.Rs, que eu começava a falar sobre algo bem específico – sobre o qual ele estava até disposto a conversar – mas, de repente, começava berrar a respeito de coisas antigas, que não estavam no roteiro, e muito menos faziam sentido naquele momento – tipo três anos após o ocorrido.
É saudável discutir a relação, sem dúvida. Isso é algo que os homens deveriam aprender. Uma conversa bem feita é capaz de garantir felicidade e satisfação dentro do relacionamento por mais seis meses. ENTRETANTO, deve haver uma metodologia para isso. No minuto que a gente grita, eles páram de ouvir. No minuto que a gente joga na cara algo que era para ter sido discutido meses e meses antes, eles páram de ouvir. E eu não tiro a razão deles, sabiam? Nós, muiés, precisamos aprender que existe um prazo prescricional para os eventos amorosos. Não botou os pingos nos is quando deveria? Supera, nêga! Não dá pra superar de jeito nenhum? Termina, oxi!! Ficar carregando mágoas mau resolvidas é veneno puro pra relação! E ainda por cima consegue bagunçar uma conversa que era pra ser saudável e direta.

Devo admitir, porém, que o maior problema nesse treinamento feminino de 'Atitudes Marcianas para leigos' é que, quanto mais desequilibrado é o nosso estado, maior é a nossa vontade de falar. É por isso que o discurso muitas vezes sai de forma aleatória, desordenada, quase incompreensível. E é por isso que as piores e mais inúteis D.Rs aparecem durante a TPM, por exemplo, e durante as bebedeiras (muuuuita mulher fica agressiva quando bebe, sabiam?). Nessa hora, peço aos ditos cujos que acumulem o máximo de paciência, tolerância e compreensão possíveis. Se tudo passa, até uva passa, a TPM uma hora também.

De resto, acho que a mulherada deve se acalmar e se esforçar de verdade para transmitirem a mensagem que considerarem importante. Vale até anotar num bloquinho o assunto específico que você quer colocar pra jogo. Facilita muito a vida. Até publicarem um dicionário monossilábico, o jeito vai ser se esforçar!

* Piadinha interna sobre a língua dos Marcianos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário: